Como se não nos bastasse aquela navalha cortando as mesmas cicatrizes, a dor das marcas psicológicas são as impossíveis de cicatrizar. Levam muito mais tempo para fechar e, por mais silenciosas que sejam, ficam tatuadas profundamente.
Profundo como o poço onde tentamos jogar as imagens mais traumatizantes. Mas a chuva o faz transbordar, jogando elevando todos os demônios que ficam se esfregando em danças quase eróticas na nossa cara.
Porque o melhor sempre ficou exclusivo aos amigos, a bebida e as drogas. Porque até o sexo precisava reviver um trauma. Sempre levando tudo ao limite. A linha entre o amor e a possessão é tão fina quanto o fio da navalha que abre as velhas cicatrizes.
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