Tenham bom senso

"Não é porque eu escrevo sobre drogas, alcoolismo, mulheres fáceis, noites difíceis, depravação e sexo sem compromisso que eu sou um completo desregrado. Compreendam o limite entre realidade e ficção ou simplesmente morram nesse mundo politicamente correto que lhes consome. A arte imita a vida e vice versa, mas isso nunca será uma regra"


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Voltando... e em 2017 venho com tudo

Eu sou cheio de planos e ideias. Admito que muito poucas saem da minha cabeça e algumas que vão para o papel acabam adormecendo nele. Esse 2016 pra mim foi difícil. Apanhei bastante. Acho que eu ainda tinha lições que deviam ser aprendidas para meus 30 anos. Bah, muitas vezes não acredito que já cheguei nos 30.  Essa é a ultima foto que eu tirei em que eu realmente "me gostei". 
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Meus planejamentos para a conclusão de 2016 não deram lá muito certo, mas não desisti. Só mudei meu cronograma. Não sei dizer ao certo, mas acho que lutei com uma depressão profunda. Tive uns dias muito negros esse ano. Umas desilusões, principalmente profissionais e nas relações com amigos, mas que me fizeram pensar mais claramente sobre tudo e ao fim, acabei tendo que fazer uma auto, auto ajuda e fazer as pazes com a minha fé, que não tem nada a ver com religião.

Esse ano vou concluir o EP da Hellsinki, focar na distribuição e divulgação para difundir esse trabalho que tem grande importância pra mim. Lançarei no início do ano um canal no Youtube falando de música(obviamente). Fazer os clipes e mini documentários da Hellsinki e trabalhar em um documentário maior sobre um assunto que a longo prazo pode vender bastante. Deixar aflorar toda essa veia artística que está explodindo dentro de mim, mesmo que a arte não seja lá uma função remunerada.  

Eu queria fazer tantas coisas que quando percebo o quanto essa vida é curta para tudo que eu gostaria, uma frustração toma a frente e acaba não me deixando fazer nada. Entre todas, quero escrever. Escrever muito. Mesmo que seja um texto sem sentido para eu postar aqui. Isso me fazia ter um poço onde podia jogar tudo. E a periodicidade absurda com que eu posto coisas aqui mostra exatamente o quanto eu não uso. Mas tudo vai mudar. E os próximos anos serão os melhores.

terça-feira, 3 de maio de 2016

A felicidade de cada um

Fazem mais de 7 anos que tivemos a primeira conversa sobre o assunto. Aquela mulher com seus 32 anos, inteligente, independente, auto suficiente. Em meio suas duas pós-graduações e ter alugado um belo, amplo e bem localizado apartamento que dividia com seus cães, ela sentia-se realizada. O simples fato de conseguir pagar sua conta de luz era motivo de alegria e satisfação. Não sentia falta de um companheiro, não sentia necessidade disso e multiplicado a um passado de um relacionamento complicado deixou-a menos interessada ainda. O mais importante de tudo era sua independência e liberdade. O resto, era o resto.
Me fez pensar, o que realmente é importante. Ouvi de uma mulher esses dias me questionando quanto a minha "necessidade" de ter alguém... Eu nunca falei em necessidade. E nem era por alguém... só queria ficar com ela. E nem o só ficar, usei o termo ‘conhecer’. Queria passar um tempo com ela e poder tirar a conclusão de que ela não era mais uma daquelas que prefiro não comentar. Enfim, não deu e nem vai dar. Hoje em dia, aquela frase "não é para o teu bico", faz sentido como nunca. Eu por um tempo achei que isso era coisa da minha cabeça, mas não, isso é real. Não adianta, hoje tem mulheres que querem mesmo um cara que tenha sua casa, que a leve para viajar, em restaurantes e lugares legais. Não tem valor para essas pessoas um simples "ficar deitado na grama do parque da Redenção fazendo/recebendo cafuné".
Hoje o negócio é postar fotos na festa tal, comendo tal coisa no restaurante tal. As coisas mais simples e prazerosas perderam todo o valor. Essa galera não tem apreço algum por ficar em casa numa sexta a noite fria embaixo das cobertas comendo besteiras e vendo um filme. Cozinhar juntos tomando um bom vinho. Hoje, é impossível imaginar a possibilidade de um homem e uma mulher conseguirem passar uma noite sozinhos bebendo, conversando e rindo a madrugada inteira. Na minha cabeça, um casal que consegue isso deve ser muito feliz.
Por fim, minha amiga hoje com 39 anos, sente-se sozinha, os caras com quem se relaciona só querem transar, pois para um relacionamento não é qualquer um que procura uma mulher de quase 40. Ainda mais hoje em dia em que o mundo está do jeito que está. Existem os que só querem transar, os que só querem "se colar" por ela ser independente, ter casa e etc. Não consegue encontrar alguém interessante.

Existe uma diferença entre ser solitário e ser sozinho. A pessoa pode ser sozinha, e ter uma vida plena e feliz. Porém, uma hora, a ordem natural das coisas vai se encarregar de transformar o ser "sozinho" em ser "solitário". A idade vai pegar, e hora ou outra sentirá falta de alguém com quem compartilhar todas as suas conquistas. E sem querer, minha conclusão chega ao ponto do filme Into The Wild. "A felicidade só é real quando compartilhada". E minha amiga, não construiu nenhum laço além de amizades que hoje em função de trabalho, casamento e outras funções da vida adulta se afastaram. Ao final da conversa eu perguntei. "Tu tem tua casa, teus cães, tua excelência profissional, teus livros... e isso por um tempo foi suficiente. Hoje tu pensa até em adotar uma criança para que te faça companhia na velhice e não pela maternidade. O que a tua vida lhe agregou emocionalmente?"