Tenham bom senso

"Não é porque eu escrevo sobre drogas, alcoolismo, mulheres fáceis, noites difíceis, depravação e sexo sem compromisso que eu sou um completo desregrado. Compreendam o limite entre realidade e ficção ou simplesmente morram nesse mundo politicamente correto que lhes consome. A arte imita a vida e vice versa, mas isso nunca será uma regra"


quinta-feira, 8 de março de 2012

Álcool, Drogas e Rock’n Roll

Escrito em 2009.
Os grandes sucessos das bandas que mais se destacaram no mundo da música foram movidos a muito álcool e inúmeras drogas. Citar o nome de todos os grupos musicais que tiveram envolvimento com entorpecentes seria praticamente impossível. Os anos 60 e 70 ficaram conhecidos pelo alto consumo de drogas e álcool. Muitos artistas adicionaram à criatividade muitas doses de LSD, heroína, cocaína, maconha e outras inúmeras substâncias, misturadas a todo o tipo de bebida.

Segundo análises de um grupo de cientistas da Universidade Pittsburg, localizada nos Estados Unidos, uma em cada três canções de bandas anglo-saxônicas são referentes às drogas, ao álcool e ao tabaco. Os cientistas ouviram 279 músicas, que segundo a revista Billboard, foram as mais escutadas em 2005. O estudo, publicado no jornal Archives of Pediatrics e Adolescent Medicine, não tirou nenhuma conclusão sobre o efeito das canções nos jovens ouvintes, ainda que os pesquisadores considerem que a música é sempre uma importante influência no comportamento juvenil.

Entre os casos mais polêmicos temos o de Elvis Presley, viciado em medicamentos e morto em 1977. John Bonham, baterista do Led Zeppelin, morreu após tomar 40 doses de vodca. Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, que foi encontrado morto com muitas doses de cocaína no sangue e Layne Stanley, vocalista do Alice in Chains, que morreu também devido ao uso abusivo de cocaína. Esses são alguns casos e poderíamos escrever muitas paginas se fossemos citar todos.

Entre os reabilitados, temos o caso de Elton John, que nos anos 70 teve diversos problemas de saúde por conta da constante mistura de álcool e cocaína. Os músicos da banda Pearl Jam chegaram a gravar um segundo acústico de nome Unplugged & Undrogged, um acústico pós-reabilitação. A Aerosmith quase acabou devido a brigas e ao abuso de drogas e, após um ano de reabilitação, foi convidada a regravar um sucesso da banda com um grupo de hip-hop, seguindo viva até hoje.

Também há os maus exemplos como o Rolling Stones. O guitarrista Keith Richards abusa do álcool e das drogas até hoje. E alguns médicos ainda não sabem como Keith se curou, sem medicamento algum, de Hepatite tipo C, como conta o livro Sexo, Drogas e Rolling Stones de José Emilio Rondeau e Nélio Rodrigues. Mesmo assim, ela não deixa de ser uma das bandas mais clássicas do rock and roll.

Mas se o rock foi movido por muitas drogas, os outros estilos também são. Como exemplo da música eletrônica, um gênero surgido nos anos 90, onde os jovens que freqüentam as raves são embalados por Ecstasy e LSD.

Por que a música sempre está ligada a entorpecentes? Inúmeros músicos, famosos ou não, relatam os mesmos motivos. Brigar com os pais, com a mulher, com o cachorro, estar deprimido, ter perdido um ente querido, chamar atenção, aliviar a tensão do palco, enfim, tudo acaba se tornando uma desculpa. Essa resposta, mesmo se houver uma pesquisa a fundo, não teremos. 

O que nos resta, é continuar admirando os grandes músicos de todos os tempos. Sem pensar em como levaram a vida ou como agiam, mas nos grandes músicos que foram e como suas letras marcaram muitas gerações.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Neo-escravatura* da sociedade brasileira

Dificilmente me intrometo nesses assuntos sobre política e ciências sociais, pois de forma geral, são coisas que compreendo mas não me acho competente para debater, argumentar ou opinar.
Assistindo uma tal disciplina na universidade, certas colocações do professor me fizeram viajar. Um daqueles momentos que você ouve falar sobre a agulha e seus pensamentos o levam até o bordado pronto. Não recordo exatamente sobre o quê era tratado, mas refleti de tal forma a chegar a uma conclusão interessante. A escravidão que antes era de soberania étnica agora é de soberania econômico-social.
Um breve resumo da sociedade da época: Os senhores das terras, ricos, poderosos, escravizavam uma grande quantidade de negros que trabalhavam para eles e os faziam mais ricos e poderosos. Uma pequena fatia de pessoas eram os que mantinham a ordem subordinados aos senhores e baixando a porrada nos escravos para que as leis impostas pelos senhores, mas que não se aplicava a eles, fossem cumpridas rigorosamente. Assim dá pra ter uma prévia idéia de como era.
Agora, se mudarmos os termos “Senhores das Terras” ou “Senhores” por Governantes e “Escravos” ou “Negros” por Cidadãos, não é uma reflexão da sociedade atual?
Os senhores forneciam aos seus escravos os recursos básicos para que eles conseguissem se manter vivos para mais um dia de trabalho. Nosso salário mínimo é o suficiente só para sobreviver e mais nada. Não lhe permite alugar uma casa, pagar todas as contas de luz, água, IPTU, cesta básica e nem pense em vestir-se ou comprar um telefone celular. Resumindo: do salário mínimo, 65%(chutando) são impostos que pagamos para deixar os Governantes mais ricos e poderosos.
Pensem que se na época da escravidão, se um negro roubasse um colar da esposa de um Senhor, ele simplesmente era assassinado, da forma mais perversa e dolorosa possível. Já se o Senhor roubasse algum bem de um escravo, estuprasse sua esposa, sua filha, etc, nada acontecia. Hoje, se eu roubar R$ 0,15 do orçamento de um município, de uma empresa, de um prefeito ou do mercadinho da esquina eu vou preso com todo o pesar da lei. Eu me pergunto qual é a bendita diferença de eu roubar um banco, um local onde está guardado um dinheiro que não é meu, e de um político desviar verbas públicas da saúde, um dinheiro que não é dele, para a sua conta em um banco na Suiça?
Ou eu sou um imbecil, ou só eu que estou percebendo que somos escravos das leis, da constituição, dos gestores públicos, dos grandes empresários, entre tantos outros. Quem se dá bem nessa história, deixando claro que eles não são culpados pois como todos os seres eles precisam de recursos, são os funcionários públicos. Uma pequena fatia de pessoas que mantém a ordem, são bem remunerados e devido a isso, fingem não ver e são coniventes com as injustiças e trapaças cometidas pelos governantes. Eles sabem, eles vêem mas eles não fazem e vão continuar não fazendo nada pois eles também precisão viver.  
Achou toda essa afirmação idiota? Há uma única diferença entre as duas épocas. Os negros não podiam escolher os seus senhores, nem o trabalho que fariam, etc. Não tinham nenhuma liberdade. Nós, temos liberdade, por mais precária que seja, e ainda temos a maior vantagem de todas, que é o PODER DA ESCOLHA. Imaginem os Negros fazendo uma paralisação pedindo salário fixo, redução de carga horária e melhores condições trabalhistas. Seria uma chacina. Nos temos essa possibilidade, podemos ir para a rua fazer passeatas, chutar o balde.  Não adianta ter liberdade, se for para ficar em casa esperando o mundo mudar e as coisas acontecerem.

A história se repete, sempre.
*Depois de escrever o título descobri que o termo já existia e tem alguns textos sobre.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Viagens, caminhos e leis

Como é difícil. Você se vê diante de diferentes caminhos, olha para cada um deles e as vezes sabe qual direção seguir. Observando atentamente o caminho, por mais difícil que ele seja, você sabe que é essa direção que deve seguir e com cuidado segue. Por vezes damos algumas voltas e podemos perder o senso de direção, e no final da rua não sabemos para qual lado seguir. Vamos na sorte.
Nem sempre o caminho com menos obstáculos é o certo e muitas vezes sabemos que é o errado mas insistimos em segui-lo para saber onde ele pode dar. Vemos todas as placas de perigo, atravessamos as placas de "Proibido" e por vezes ele pode render algo bom. Mas nem sempre.
Como em qualquer via, nossa estrada tem sinalização. Nem sempre eles estão dizendo literalmente "Perigo! Não ultrapasse." Podem simplesmente ser uma cerca de espinhos, uma estrada escura, nuvens negras no horizonte, sutilmente um animal morto no acostamento ou uma esmola pedida no sinal. O que nos falta é uma interpretação dos sinais que estão na estrada. E eles estão lá, nós só temos é que observar. 
O ser humano vive em função de ser humano e esquece o principal da essência de sua natureza animal, o instinto. Observe o que acontece ao seu redor, conheça o seu território, observe e conheça os seres a sua volta, isso lhe trará todas as ferramentas necessárias para aguçar seu instinto. Torça pelo melhor preparando-se para o pior. Você tem todas as ferramentas para isso na sua essência, mas esquece disso passando a vida sendo somente humano. Antes de tudo somos animais e no reino animal governa a mais antiga de todas as leis e mais antiga que qualquer religião. A lei da natureza. Mas não esqueça que ao seguir uma lei, não se pode estar acima dela.