Tenham bom senso

"Não é porque eu escrevo sobre drogas, alcoolismo, mulheres fáceis, noites difíceis, depravação e sexo sem compromisso que eu sou um completo desregrado. Compreendam o limite entre realidade e ficção ou simplesmente morram nesse mundo politicamente correto que lhes consome. A arte imita a vida e vice versa, mas isso nunca será uma regra"


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O jogo da vida real dos pobres

Sim, por mais incrível que possa parecer estou escrevendo sobre o BBB, e sim assisto o programa de vez em quando, e até defendi ele no Boteco do Kant #013 e fui criticado por isso. Mas não defendi o programa e sim critiquei as pessoas que ficam postando coisas no Facebook exaltando a alienação dos telespectadores que estão ali em busca do mais puro (ou até nem tão puro assim) entretenimento e não em busca de algum conhecimento que lhe agregue algum valor intelectual. São aqueles gênios que acreditam que vão mudar a vida de alguém, ou mudar o mundo, sentadinhos no sofá de casa com o notebook no colo. Mas não é isso que quero abordar...

Hoje, dando uma olhada no site do BBB13 do globo.com, comecei a ler as notícias sobre a primeira eliminada. Aline, não me proporcionou simpatia exatamente por falar demais e demonstrar uma forma de pensamento que critico muito, mesmo que ela não demonstre da forma mais direta. A mesma que discutiu com Kléber Bambam falando que nunca posaria nua e desmerecendo às que posaram. E essa mesma, que não posaria nua, foi ao programa da Ana Maria Braga baixar as calças, com uma calcinha/short, dizendo que achava que não estava no ar. Assim, postei no meu Twitter: “Ser pobre não é doença, mas não é bonito como fazem parecer. E, falar errado é suportável, se a pessoa for humilde em adimitir isso”.

Estamos entrando em uma época onde as pessoas estão sentindo-se ‘felizes’ por serem pobres como se isso de algum modo fosse bonito. Não é só por este fato, mas as novelas de hoje demonstram a vida dessa forma. Como parece bonito ser desempregado, fazer bicos, morar em favelas, ser malandro, ser piriguete, maria-chuteira, jogador de futebol. Como é bonito dançar funk rebolando a bunda na frente de um cara que fica se roçando em garotas com shorts minúsculos. Andar com micro vestidos (mais vulgares do que belos) para chamar a atenção de tudo e de todos. É bonito falar errado. Assim como é bonito ser esses projetos de “Mano do RAP” com correntes maiores que o pescoço, boné para o lado e aquelas roupas ridículas, que deixaram toda a beleza do ‘pobre’ movimento Hip-Hop no cú do cachorro. E a esses eu tenho um apêndice especial. Sabem porque usam roupas largas? Não, não é para ficar bonito seus idiotas. Nos primórdios do movimento Hip-Hop quando os guetos norte americanos eram basicamente os bairros dos negros, eles não tinham emprego, sendo assim pouco dinheiro. Então, suas roupas eram compradas nos brechós ou usadas de segunda mão e por isso nunca eram do tamanho certo. E melhor usar uma roupa mais larga, do que uma que aperte.  

Quem achar que deve, pode até me criticar dizendo que não sei de nada e que não conheço a realidade das coisas e não tenho base para falar sobre riqueza e pobreza. Mas aos que pensem isso eu digo: SIM EU TENHO! Você não pode escolher ser pobre ou rico, mas não quer dizer que tenha que exaltar isso como se fosse uma coisa boa, porque NÃO É.