Vômitos de moral

Cada vez eu me surpreendo mais com o que estamos nos tornando. Seguimos tomados de um cinismo absurdo onde quem é transparente e fala o que pensa é crucificado. Falar o que pensa. E aí, estes mesmo cínicos que vivem politicando com todo mundo, acariciando todo mundo, são os mesmo tomados de pré-conceitos que ficam julgando todo mundo sem saber, sem conhecer, sem perguntar. Escuto as conversas, vejo postagens, essa auto-publicidade que cada um precisa fazer de si, essa choradeira, esse bando de hipócritas que geralmente só te procuram quando estão afundados na vala. Isso me deprime profundamente. As pessoas vem vomitar moral em cima da gente mas não olham para dentro do próprio ego medíocre e vazio. Não sou a melhor pessoa do mundo e prefiro não ser se é para que venham pisar em mim. Mas pelo menos tento, com o pouco que tenho e da melhor forma que eu posso, nunca pisar em ninguém no caminho, no máximo, desvio.

Uma frase...

Eu ia escrever um texto cheio de argumentações para explicar o que quero dizer, mas só esta frase resume tudo.

'Hoje as pessoas estão tão afogadas na superficialidade que pessoas sinceras e transparentes acabam sendo crucificadas'.

E a nossa sociedade segue evoluindo

Em 80 d.c o imperador Tito inaugurava o Coliseu de Roma buscando saciar o entretenimento do povo mantendo-o estagnado em sua ignorância perante a fome e a corrupção. Criminosos eram apedrejados ou chibatados em praça pública dando a falsa ilusão de que o povo era juiz e júri e tinham seu rosto e sua carne marcada pelos crimes que cometeram.  

Em 2014 d.c a presidenta Dilma inaugurava vários estádios buscando saciar o entretenimento do povo mantendo-o estagnado em sua ignorância perante a fome e a corrupção. Criminosos são apedrejados ou chibatados em postagens públicas no Facebook dando a falsa ilusão de que o povo era juiz e júri e têm seu rosto exposto e sua carne marcada pelos crimes que cometeram. 

Só eu que sinto alguma coisa muito errada com toda essa ironia. 

Contatos "virtuopessoais"

Hoje nossa sociedade vive em um círculo vicioso onde somos cobrados por coisas meio absurdas. As pessoas precisam entender e aprender a distinguir a vida pública da privada. Se eu publicar uma frase deprimente, mas que apresente um contexto que eu ache interessante, não quer dizer que eu esteja querendo cortar os pulsos.

Em que momento virou lei que devemos expressar todos os nossos sentimentos publicamente? Isso só demonstra o tamanho da frustração, solidão e necessidade de participar do mundo tornando públicos todos seus sentimentos dessa geração medíocre que vem se criando no Facebook. 

Nossos sentimentos hoje estão sendo completamente menosprezados. Um 'eu te amo' é cuspido tão facilmente quanto um bom dia, amizades dependem de curtidas e marcações, relacionamentos são baseados na quantidade de fotos e no "status de relacionamento".
Eu sou da geração da transição. Participei de momentos em que a 'rede social' era a praça de alimentação do shopping onde todos se reuniam sábado a tarde. Hoje para marcar um chopp com os amigos é só convidar os amigos para a mesma conversa via Face ou Whats.

Estamos banalizando o "contato pessoal". Só digo que nunca trocarei o sexo "pessoalmente" por nenhuma forma virtual...

Pensamentos curtos...

Existem momentos na vida que nos deparamos com uma escolha. Paramos em um cruzamento, algumas direções diversas possibilidades e milhares de outros cruzamentos em cada direção. Mas e quando se está no mar? Não há estradas, cruzamentos, bifurcações, só o instinto. E  nessa hora, como saber para onde ir...

Lançamento da NEST

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Um texto perdido naquele caderno verde

Com a vida aprendi muito. Em alguns momentos até mais do que gostaria. Aprendi que devemos escutar mais do que falar. Aprendi que opinião vale tanto quanto conselho e as vezes, é melhor guardar para si e deixar acontecer.

Com a vida aprendi que aprendemos muito mais observando e que os erros e acertos dos outros podem nos ensinar, tanto quanto, se não mais. Aprendi vivendo, a circular por todos os meios e todos os mundos e principalmente, que o universo não gira em torno de ninguém. Por mais que muitos pensem que sim.

Aprendi que, os amigos são aqueles que estão lá na hora de beber e comemorar e na hora de abraçar e chorar. E que, não é só aquele que concorda com tudo e sim aquele que vai lhe enfiar o dedo na cara quando estiver errado.

Aprendi a importância da família. E que, a doce ilusão da maioridade cai por terra quando nos vemos ligando avisando que não vamos dormir em casa, preocupados com a preocupação dos pais.

Aprendi que ser sábio é duvidar de tudo que as pessoas afirmam com certeza e buscar o conhecimento de tudo que elas duvidam.

Aprendi bem cedo o valor do trabalho e da recompensa, mesmo que, em muitas vezes tenha sido vencido na batalha acirrada contra a preguiça.

Com tristeza aprendi que a honra tornou-se uma simples palavra bonita perdida em meio a burocracias e narcisismos. Que devemos fazer tudo sempre torcendo pelo melhor e preparando-se pelo pior.

Mas com felicidade aprendi que existem pessoas boas que realmente nos querem bem e não são simples raposas andando sobre duas patas. Que humildade é, seja acompanhado com água ou vinho, aceitar o pão.

E que a felicidade pode encontrar-se bebendo um Château Petit-Village na França ou um Kisuco com vodca na beira da calçada. E aprendi que dinheiro pode não trazer felicidade, mas R$ 2 na mão de uma pessoa com fome fará o dia dela muito mais feliz.

Felicidade. Que palavra difícil de encontrar. São tantas felicidades e de tantas formas. Espero ainda encontrar a minha. Eu aprendi tanto, e ainda assim não consegui aprender a definição da minha. Muito menos decifrar a felicidade de alguém. 

E mesmo faltando um pedaço desse texto, eu aprendi muito e continuo aprendendo.