Tenham bom senso

"Não é porque eu escrevo sobre drogas, alcoolismo, mulheres fáceis, noites difíceis, depravação e sexo sem compromisso que eu sou um completo desregrado. Compreendam o limite entre realidade e ficção ou simplesmente morram nesse mundo politicamente correto que lhes consome. A arte imita a vida e vice versa, mas isso nunca será uma regra"


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Troca de olhar

Sempre fico olhando o mais discretamente possível aqueles louros cabelos perfeitamente desarrumados, escancarando belos sorrisos com aquela linda boca de grandes lábios rosados e perfeitos. Quanto mais próximo consigo chegar, mais detalhes de sua alma me soltam aos olhos. Eu olho para o lado e no reflexo da janela ela me observa com seus belos olhos castanhos claros discretamente. E eu, faço de conta que não a vejo, mas quando lhe viro o rosto, deixo-a olhar fundo nos meus olhos antes de virar para o outro lado como se fosse o simples acaso.

Minha mente me consome obrigando-me a olhar de seus calcanhares à nuca que está à mostra sob seu cabelo preso. Aquele cabelo que eu queria soltar antes de massageá-la os ombros descendo até a cintura onde agarro sua blusa e a puxo para cima, com as mãos abertas acariciando todo o caminho através dos braços, chegando aos pulsos.

Minhas mãos descem pelo mesmo trajeto até seus quadris, onde meus dedos indicadores entram em sua calça circulando sua cintura em um abraço que faz meu peito tocar suas costas nuas e quentes. Meus dedos sentem a presilha de sua calça enquanto um leve suspiro seguido de um beijo abaixo da orelha lhe faz respirar fundo. Eu sinto seus ombros se movimentarem tremendo pelo arrepio de minha boca correndo pelos ossos de sua coluna enquanto as palmas de minhas mãos pressionam suas coxas durante o caminho que sua calça faz até as canelas. A volta é quase um toque de seda naquela pele branca e lisa até sentir o tremer de um sorriso quando minha mão toca sua barriga e a suas mãos buscam a minha. Eu a toco mais forte e ela se solta de meus braços.

Afasta-se levantando um pé após o outro para livrar seus calcanhares da calça. Ela sorri convidativamente caminhando em direção à cama. Deita-se com os braços esticados até a cabeceira completamente relaxada. Com um lindo sorriso, calcinha branca e seus belos seios à mostra, ela pergunta o que aconteceu. Eu não respondo, hipnotizado sem mover um músculo.

Quando consigo me mover, caio de joelhos na beira da cama. Delicadamente toco seus pés enquanto meus lábios sobem por suas canelas, coxas, sobre a alça de sua calcinha branca e pequena, até seus seios. Esses são tocados pelos meus lábios quase como se estivessem pegando fogo. Desço até o umbigo suspirando sobre sua pele branca até o limite entre sua calcinha e sua barriga.

Neste momento paro por um segundo e penso que não é certo. Certo? O que é certo? Foda-se o mundo neste momento. Nada mais importa. Minha vontade sobrepõe qualquer pensamento.

Dou uma leve mordida no elástico daquela calcinha pequena puxando-a para cima e depois para baixo. Uma tortura pra mim, que só penso em arrancar ela fora de uma vez e mostrar o quanto sua virilha nua estaria completamente perfeita em contato com meus lábios.

A mágica se desfaz e eu saio de dentro de seus olhos. Tudo não passou de uma troca de olhares durante uma infinita e maravilhosa fração de segundo. Um mágico olhar.